Sobre o 1° Tabelionato de Notas
Com 335 anos de história, o 1º Tabelionato de Notas
possui uma equipe de
profissionais altamente qualificada para a realização de atos notariais, uma
estrutura inovadora e localização privilegiada no Centro político-administrativo de
Curitiba. Faça-nos uma visita e conheça um novo conceito de Cartório!
Atualmente, o 1º Tabelionato de Notas tem como titular Fernanda Granja Cavalcante da
Costa, Tabeliã que entrou em exercício em decorrência de aprovação no Concurso
Público para Outorga de Delegações de Nota e de Registro do Estado do Paraná (Edital
n.01/2014).
Fernanda Granja Cavalcante da Costa é graduada em direito pela Universidade Federal
do Amazonas, pós-graduada em Direito Constitucional e em Ciências Criminais. Antes
de assumir essa função, a Tabeliã já atuou como agente administrativa no Ministério
Público do Estado Amazonas, Delegada de Polícia do Estado do Amazonas e Professora
Universitária em vários cursos de graduação da Universidade Federal do Amazonas.
Atualmente, a Tabeliã é aluna do programa de Mestrado em Direito na Universidade de
Marília – UNIMAR.
Missão
Oferecer Segurança Jurídica aos usuários, por meio de contínuo aperfeiçoamento dos nossos colaboradores e desenvolvimento de processos internos.
História
O 1º Tabelionato de Notas de Curitiba foi criado em 19 de dezembro de 1683,
quando Curitiba ainda era um pequeno povoado e se chamava Nossa Senhora da
Luz e Bom Jesus dos Pinhais. O então povoado só foi elevado à categoria de
Vila em 29 de março de 1693, ano em que ocorreu a primeira eleição de
autoridade públicas promovida pelo capitão-povoador Matheus Leme. Somente
1701 a Vila passou a se chamar Curitiba, já com 1.400 habitantes.
Leia abaixo a reportagem do Jornal Gazeta do Povo-PR a
respeito da história do 1º Tabelionato de Notas de Curitiba.
Estrutura Diferenciada
600 vagas de estacionamento
50 metros do Shopping Mueller
Pontos de ônibus próximos
Nossa Estrutura
REPORTAGEM SOBRE A HISTÓRIA DO 1° TABELIONATO DE NOTAS DE CURITIBA
Quinta, 22 Abril 2004 13:18
Primeiro tabelionato de Curitiba guarda informações sobre o estilo de vida do Brasil Colônia
Órgão foi criado em 1693 e já tem mais de 230 mil inscrições em 600 livros.
Você aceitaria receber seis éguas como pagamento de juros pelo empréstimo de uma
quantia
em
dinheiro? Talvez ninguém mais aceite um negócio assim, mas esse tipo de comércio já
foi
muito comum para o agiota curitibano João Martins Leme. Tudo devidamente registrado
em
cartório. E com direito a testemunhas! Está na folha 9 do livro 2 do primeiro
cartório
de
Curitiba. No ano de 1715, João fez um empréstimo de 200 mil réis e recebeu seis
éguas
como
compensação pelos juros. O episódio inusitado para os padrões atuais foi um dos
primeiros
registros oficiais daquela que seria a capital do Paraná.
Algumas centenas de relíquias históricas iguais a essa, além de contratos de compra
e
venda
de escravos, registro de dote para casamento e outros fatos curiosos do Brasil
Colônia,
estão registrados nos 600 livros do 1.º Tabelionato de Notas de Curitiba, criado em
1693. O
primeiro livro desapareceu há mais de 50 anos, mas os demais, com registros até
1979,
estão
guardados no cofre de uma empresa de segurança, cercados de cuidados para
protegê-los
também
de traças e cupins. Eles revelam os costumes nos primeiros anos de vida da Vila de
Nossa
Senhora da Luz dos Pinhais.
O cartório surgiu para dar mais garantia e valor legal aos negócios até então
assegurados
pelo "fio do bigode". A expressão é tão machista quanto a sociedade da época. Nomes
de
mulher, quando surgiam em algum contrato, geralmente estavam relacionados a uma
condição
de
submissão, seja como escrava ou como filha oferecida pelo pai em casamento. Em 1719,
por
exemplo, Luiz Roiz Mello vendeu a negra Maria para seu filho, Sebastião Roiz
Dacunha. Os
escravocratas ostentavam nome e sobrenome, já os escravos sequer tinham registro de
nascimento.
Mas os documentos cartorários traziam também boas notícias para os negros. Uma
escritura
pública, na folha 64 do livro 27, dá conta que o capitão-mor José Carneiro dos
Santos
foi à
Vila de Curitiba, em 21 de agosto de 1802, para registrar uma carta de alforria em
favor
do
"mulatinho" Manoel, filho da escrava Ana. Eles não eram muitos, se comparados ao
restante do
Brasil, porque chegavam com preço muito alto. Em 1776 havia 2.505 escravos no
Paraná,
2.098
deles já livres. Em 1800, somavam 6.658, dos quais 5.470 libertos.
Parte dessas cartas de alforria está registrada no primeiro cartório de Curitiba,
criado
no
mesmo ano em que instalou-se a primeira Casa da Moeda do Brasil, em Salvador. (...)
Com
o
sumiço do primeiro volume, o registro oficial mais antigo de que se tem notícias é
um
contrato de compra e venda de terras, realizado em 1712 pelo casal Baltazar Vaz Leme
e
Maria
da Candelária, passando o imóvel para o capitão Manoel Thomas da Costa.
São documentos escritos com bico-de-pena. Em muitos deles, a tinta começa a
desaparecer,
obrigando os funcionários do tabelionato a contornar a esmerada caligrafia com
grafite,
para
manter a história escrita. A Universidade Federal do Paraná (UFPR) iniciou há poucas
semanas
um trabalho de digitalização desses documentos para preservá-los e facilitar o
acesso de
pesquisadores. O material fará parte do acervo do departamento de História da
UFPR.